Pensando bem, os extremos se parecem – Heron Cid
Bastidores

Pensando bem, os extremos se parecem

5 de março de 2020 às 19h17
Márvio Lúcio, O Carioca, e Marcelo Adnet, no mesmo papel para reações bem diferentes e antagônicas

No carnaval, o humorista Marcelo Adnet foi para a avenida e do alto de um carro alegórico, vestido a caráter, imitou e satirizou o presidente Jair Bolsonaro.

O bolsonarismo pirou e jogou pragas em Marcelo. A esquerda foi para galera, riu e fez a festa com a gozação.

Nessa semana, o humorista Márvio Lúcio vestiu-se de Bolsonaro e foi até o Palácio da Alvorada para uma gravação.

Saiu de lá ao lado do presidente para falar com a plateia e com jornalistas.

O Carioca, nome artístico de Márvio, aproveitou a oportunidade e roubou a cena falando como se o presidente fosse e até respondendo perguntas de jornalistas.

De posse, chancelada pelo presidente, da caricatura do ex-capitão até distribuiu bananas para os repórteres.

A esquerda que vibrou com Adnet disparou petardos contra o deboche e não viu arte nenhuma na coisa.

Os bolsonaristas que xingaram a perfomance do ator global na avenida viram a maior graça e foram à desforra.

As situações têm suas particularidades. O segundo caso incluiu o presidente em pessoa, que pode até ser questionado pelos críticos pela atitude de fazer de um humorista seu porta-voz e aclamado por seguidores pela atitude ‘descolada’.

Mas pensando bem, julgando pelas reações das militâncias opostas, ora com riso, ora com cara feira, esses extremos nem são tão diferentes assim…

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