Com uma só decisão, o governador João Azevêdo mexeu dentro do governo e da sucessão municipal em João Pessoa.
A convocação do vereador Tibério Limeira (ainda no PSB) para a Secretaria de Desenvolvimento Humano transcende o administrativo, em que pese a habilitação política e qualitativa do parlamantar para o cargo.
O movimento tem flagrante conotação política e eleitoral com foco na capital paraibana.
Se fosse para a reeleição, Limeira precisaria deixar o cargo que acabou de aceitar já em abril, o que seria incompatível e improviso para o governo.
Com Tibério no governo, João atrai o suplente de vereador Zezinho do Botafogo e o retira do ricardismo.
Limeira, por óbvio, passa a ser uma pedra de João no jogo na sucessão de Luciano Cartaxo.
O vereador licenciado vai ocupar cargo de destaque e tem até junho para se viabilizar ou não. Como candidato a prefeito ou a vice. Dependerá da conjuntura e do que João quer da disputa na capital paraibana. É uma peça e pode ser usada. Ou não.
É razoável afirmar que, pela estratégia de João, a reeleição não é mais o projeto de Tibério, agora à disposição do grupo para os desafios da gestão e do ano que vigora há três dias.
João mexeu para dentro e para fora. Ao que tudo indica, ele quer chegar nas convenções de julho com cartas na manga. Limeira é uma delas.
Até porque, como ensina a sabedoria popular, quem só tem uma não tem nenhuma.
