'Movimentos sociais' chamam ato contra corrupção? Não, contra a PF, MP e Justiça – Heron Cid
Bastidores

‘Movimentos sociais’ chamam ato contra corrupção? Não, contra a PF, MP e Justiça

19 de dezembro de 2019 às 14h32
Cartaz convida para ato em "defesa da democracia" e contra "criminalização da esquerda". Sobre os desvios denunciados por secretários e operadores financeiros, nenhuma bandeira e nenhuma palavra

Cícero Lucena (PSDB), então ex-prefeito de João Pessoa, amanheceu um dia levado pela Polícia Federal em prisão temporária no caso da Operação Confraria. Na época, era justiça e combate à corrupção.

Recentemente, Berg Lima (PTN), prefeito de Bayeux, foi preso. Era combate à corrupção.

Leto Viana (PRP), prefeito de Cabedelo, e mais quase a Câmara inteira da cidade, também. Era combate à corrupção e desmantelamento de uma quadrilha.

Dinaldo Filho (PSDB), prefeito de Patos, foi afastado da Prefeitura por suspeitas de desvios de recursos públicos na gestão. Era combate à corrupção.

Tatiana Correia (PTdoB), ex-prefeita do Conde, depois de sair da Prefeitura, foi alvo de operação da Polícia Civil e terminou na cadeia por alguns dias. Era combate à corrupção.

O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), a nova prefeita do Conde, Márcia Lucena, ex-secretários do Estado, assessores e aliados ‘socialistas, a deputada Estela Bezerra, tiveram mandados de prisão decretados, alguns foram presos, outros estão foragidos.

Todos denunciados formalmente por cobrança e recebimento de propinas oriundas de contratos públicos na saúde e educação, notadamente coma Cruz Vermelha.

Mas, no caso deles, da “esquerda”, apesar das provas, confissões de cúmplices e gravações que estão no autos, é perseguição, “ataque à democracia” e “criminalização da esquerda”.

Ah tá…

Prisão de adversário é combate à corrupção, da ‘esquerda’ é “criminalização”. Bem interessante!

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