A lista do PSB, enfim, apareceu; as dúvidas continuam – Heron Cid
Bastidores

A lista do PSB, enfim, apareceu; as dúvidas continuam

1 de outubro de 2019 às 10h24

Por provocação de parte do diretório estadual destituído, finalmente a direção nacional quebrou o sigilo da lista (Lista Renuncia PSB) de assinaturas de renúncias que culminou com a intervenção do PSB na Paraíba. Os nomes vieram a público e a quantidade também. Em tese, o suficiente para o que prevê o Estatuto nos casos de dissolução.

Os destituídos, porém, questionam o número: são 37 signatários do diretório estadual (26 titulares e 11 suplentes). Expedito Pereira (MDB), ex-prefeito de Bayeux, e Zé Paulo (PT), ex-deputado estadual, estão há algum tempo fora da legenda socialista, mas teriam sido contabilizados para efeito da contagem que resultou na destituição.

Há outros três casos: o de Chico Mendes, prefeito de São José de Piranhas, Denise Albuquerque, ex-prefeita de Cajazeiras, e José Paulo Filho, que retiraram as assinaturas tão logo souberam do objetivo de dissolução. É o que dizem. Em carta à nacional, reivindicaram os direitos e prerrogativas perante o diretório? Não conheciam o teor do que assinaram? Assinaram em branco? Ou se arrependeram?

Há quem questionem também a assinatura da deputada estadual Estela Bezerra. Pelo Estatuto do PSB, ela não poderia fazer parte do diretório estadual porque era vice-presidente do Diretório de João Pessoa, o que seria vedado pelo parágrafo 4º do artigo 20.

Sob esse argumento, o diretório destituído considera que restaram 25 titulares e sete suplentes, o que não daria o quórum de 51% dos 71 membros regimentais. Seriam necessárias, por esse quesito, 36 assinaturas válidas para aplicação do artigo 24 do Estatuto do PSB. Quórum que não teria sido atingido.

Duas coisas importantes: o documento foi registrado no Cartório JK em Brasília e até agora ninguém da lista ataca a autenticidade de sua autoria. Os destituídos agora só podem questionar, por enquanto, o número regimental das assinaturas e a forma daquilo que chamam de golpe partidário.

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