Em compensação (por Dora Kramer) – Heron Cid
Bastidores

Em compensação (por Dora Kramer)

3 de setembro de 2019 às 16h00
Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro (Michel Jesus/Câmara dos Deputados)
Trata-se de uma incoerência explícita o governo propor aumento de 48% (de 1,7 bilhão de reais para 2,5 bilhões de reais) nos recursos do fundo eleitoral enquanto faz um corte generalizado na previsão orçamentária da administração pública para 2020, mas não é uma coincidência.

A proposta é menor que a pretensão inicial de suas excelências de elevar o dinheiro do fundo eleitoral para 3,7 bilhões de reais, mas ainda assim um verdadeiro escárnio diante da crise. O que teria feito, então o presidente Jair Bolsonaro contratar mais um desgaste certo junto à opinião pública que lhe é cada vez mais desfavorável?

Tudo indica que ele tenta, assim, reduzir por antecipação a reação do Congresso aos vetos que venha a fazer ao projeto de lei de abuso de autoridade. Em termos de “nova política”, nada mais anacrônico. E, sobretudo, ineficaz, dada a reação contrária da sociedade que obviamente será forte.

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