"Chegou a hora da igreja governar". Por Bernardo Mello Franco – Heron Cid
Bastidores

“Chegou a hora da igreja governar”. Por Bernardo Mello Franco

7 de dezembro de 2018 às 11h30

A futura ministra dos Direitos Humanos, pastora Damares Alves, considera que “as instituições piraram” e que “chegou o momento” de as igrejas evangélicas governarem o Brasil.

A nova integrante do governo Jair Bolsonaro expôs suas ideias no púlpito da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte. A fala foi gravada em maio de 2016 e já teve mais de 160 mil exibições no YouTube.

“As instituições piraram nesta nação. Mas há uma instituição que não pirou. E esta nação só pode contar com essa instituição agora. É a igreja de Jesus”, disse a futura ministra, que é assessora do senador Magno Malta (PR-ES).

“Chegou a nossa hora”, prosseguiu ela. “É o momento de a igreja ocupar a nação. É o momento de a igreja dizer à nação a que viemos. É o momento de a igreja governar”, conclamou.

Aos fiéis mineiros, Damares disse que o protagonismo da política seria um desígnio de Deus. “Se a gente não ocupar este espaço, Deus vai cobrar da gente”.

CRÍTICAS AO SUPREMO

A pastora criticou o Supremo Tribunal Federal por discutir temas como a descriminalização do porte de drogas para consumo próprio.

“Onze homens que não foram nem eleitos pelo povo brasileiro vão decidir se a gente libera ou não o consumo de drogas no Brasil”, disse.

“Eles estão lá querendo decidir se legaliza ou não o porte de droga. E quem legaliza o porte, legaliza o consumo, porque para portar, alguém vai ter que comprar. Palhaçada!”, acrescentou.

Em outra passagem, a nova ministra disse que a escola “não é mais lugar seguro” e que as crianças só estão protegidas nas igrejas evangélicas.

“Só há um lugar seguro em que o seu filho está protegido nesta nação. É o templo, é a igreja, é ao lado do seu sacerdote”, afirmou. “Não podemos confiar em mais nenhuma instituição neste país para cuidar dos nossos filhos, todas elas estão falidas. A escola não é mais lugar seguro para os nossos filhos”.

O Globo

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