A pedagogia do destrato – Heron Cid
Opinião

A pedagogia do destrato

13 de junho de 2017 às 12h10 Por Heron Cid
Palácio da Redenção

Se tem alguma coisa que a articulação política do Governo precisa cuidar é a política de relacionamentos.

Todos sabem que a diplomacia com os adversários partidários não é o forte da gestão estadual.

Falo, especificamente, da dificuldade de relacionamento com os próprios aliados.

Pela Paraíba afora são muitos os relatos de desatenções e de pouca reciprocidade no atendimento a demandas institucionais de prefeitos e deputados da base, por exemplo.

São muitas as queixas contra secretários. Gente que se acha tão importante quanto Ricardo Coutinho.

Agente políticos alinhados com o Governo tomam homéricas doses de chá de cadeira quando procuram auxiliares do governador para resolver pendências e encontrar saídas para problemas em seus municípios.

Muitos destes evitam o stress e nem se arriscam a perder mais tempo.

Jogam a toalha. Quando têm a oportunidade tratam direto com o governador.

Esse problema tem dois efeitos ruins. O primeiro é administrativo, com o ônus de perdas de parcerias e soluções governamentais.

A segunda é política. Em algum momento, isso se volta contra o líder, desgasta relações e cria abismos para projetos futuros.

Afinal, todo mundo tem um limite para o destrato.

Secretário e auxiliares precisam ser lembrados de que são funcionários públicos.

Não são obrigados a se comportar como doces de coco, mas não custa o mínimo de civilidade e respeito. Pelo menos, com aqueles que ajudaram a lhe empregar.

Mas tem gente que acha que mantém seu contracheque ou mostra eficiência se aproximando ao máximo do temperamento do chefe.

Uma pedagogia equivocada. Ricardo só tem um.

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