A água santa e o fantasma exorcizado – Heron Cid
Opinião

A água santa e o fantasma exorcizado

14 de abril de 2017 às 10h39 Por Heron Cid
Imagem marca começo de um tempo que escassez será lembrança do passado (Foto: Leonardo Silva/Paraibaonline)

O fantasma do colapso que ameaçava diariamente Campina Grande e região – convivendo há meses com o assombro do racionamento – foi, definitivamente, exorcizado, ontem.

As águas da Transposição, finalmente, chegaram ao Açude Epitácio Pessoa, manancial que abaste 18 municípios. A visita técnica do ministro Hélder Barbalho, acompanhado de comitiva de senadores e deputados paraibanos, marcou a data.

É a melhor notícia dos últimos anos para cerca de 716 mil pessoas, dia e noite amedrontadas pela insegurança hídrica.

Este é um dos efeitos práticos do benefício histórico da Transposição do Rio São Francisco, tocada por Lula, sequenciada por Dilma e finalizada por Temer.

Depois do reservatório Boqueirão, a água segue pelo rio Paraíba até a barragem Acauã. Lá, afugentará o agouro da seca para mais 132 mil habitantes em outras 12 cidades paraibanas: Aroeiras, Gado Bravo, Itaituba, Ingá, Mogeiro, Juarez Távora, Itabaiana, Salgado de São Félix, São José do Ramos, Pilar, Juripiranga e São Miguel de Taipu.

O próximo passo é a chegada das águas ao Sertão da Paraíba, castigado há pelo menos cinco anos pela escassez de chuva. Milhares de sertanejos contam dias, horas e minutos pelo fim de um suplício que matou rebanhos, dizimou produção e empobreceu ainda mais a região.

Que este ciclo se feche de uma vez por todas e que os efeitos da estiagem virem, de uma vez por todas, apenas história. Sem forças para assustar mais mais nenhum paraibano.

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