O novo desenho da sucessão na OAB – Heron Cid
Opinião

O novo desenho da sucessão na OAB

19 de outubro de 2018 às 10h07 Por Heron Cid
Paulo Maia, o candidato à reeleição, Sheyner Ásfora e Carlos Fábio, os nomes da oposição

O dia foi agitado ontem na OAB. Começou com o presumido lançamento de Carlos Fábio Ismael, decantado candidato à sucessão da Ordem na Paraíba, e terminou com a surpresa da inserção de Sheyner Ásfora no processo.

Por que surpresa? Ásfora e seus aliados vinham conversando longa e avançadamente com o grupo de Paulo Maia, atual presidente e candidato à reeleição.

De repente, os entendimentos foram cessados abruptamente e Sheyner gravou um vídeo para as redes sociais anunciando sua decisão oficial de participar do pleito.

Algo aconteceu no meu do caminho entre a negociação e a ruptura no diálogo. Nesse sentido, uma perda para Paulo, mas há outro desdobramento.

O movimento gera uma nova conjuntura na peleja pelo comando da instituição.

A oposição agora se divide entre duas candidaturas.

Lançado de última hora, Sheyner – apoiado por segmentos advocatícios especialmente da estrutura governamental – dificilmente recuará do seu projeto, a esta altura.

As conversas devem perdurar até o dia 28, prazo fatal para o registro das chapas.

O novo ator em cena coloca um dilema no caminho de Carlos Fábio Ismael, que já está há três anos na estrada da construção de uma alternativa ao atual modelo de gestão.

Para derrotar Paulo Maia, Carlos Fábio retirará sua postulação pela segunda vez seguida sob o risco de virar o “Vasco” da OAB?

Sheyner sozinho tem força para alcançar Carlos Fábio, com o carro na pista há três anos, e superar Paulo?

Os opositores podem se unir para impedir a reeleição de Maia, mas um dos dois precisará abdicar, declinar e refazer todo o discurso.

Ou o bicho pega ou o bicho come.

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