Mas como a tropa carece de comando, Jair Bolsonaro se verá obrigado a intervir outra vez para dizer quem tem razão no caso da reforma da Previdência – se o economista Paulo “Posto Ipiranga” Guedes ou se o deputado Onyx Lorenzoni (DEM).
Cotado para a chefia da Casa Civil em um eventual governo Bolsonaro, Lorenzoni disse que a reforma da Previdência não faz parte do programa do seu chefe, e que não ajudará o atual governo a aprová-la este ano. Guedes já disse o contrário e tem pressa.
Ao falar sobre a reforma, mas sem se referir à divergência entre Guedes e Lorenzoni, Bolsonaro, ontem, pareceu mais alinhado com o deputado: “Não adianta uma proposta que aos olhos apenas de economistas é maravilhosa, mas que não passa no parlamento”.
Como ficarão os deputados e senadores que haviam se comprometido com o governo Temer a votar o arremedo de reforma da Previdência até o fim deste ano? Deixar a reforma para o ano que vem significa retomar as negociações a partir do zero.
Bolsonaro evitou detalhar como seria sua reforma, quando nada porque Guedes não estava ao seu lado para orientá-lo sobre o que dizer. Ele considera uma “porcaria” a reforma de Temer, segundo contou Lorenzoni. O futuro promete muita diversão.