Direitopatas e o delírio de que absolvição de Gleisi seria prévia de soltura de Lula. Por Reinaldo Azevedo – Heron Cid
Bastidores

Direitopatas e o delírio de que absolvição de Gleisi seria prévia de soltura de Lula. Por Reinaldo Azevedo

20 de junho de 2018 às 10h39

A extrema-direita já está babando aquela que é sua única ideologia: o antilulismo. Ah, sim: de preferência, com a garrucha na mão e titica de galinha na cabeça. Por quê? Os direitopatas afirmam nas redes sociais que a absolvição, na Segunda Turma do STF, de Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo, por cinco a zero — e não 3 a 2, é bom deixar claro! —, é uma antecipação do resultado de outro julgamento que será feito pelo grupo de cinco ministros. Na próxima terça, na última seção antes do recesso de meio de ano, a Segunda Turma julga um recurso impetrado pela defesa do petista no dia 5 de junho. Pede que se suspendam os efeitos da condenação de Lula — e a prisão depois da segunda instância é um deles — até que o STJ julgue o Recurso Especial, que certamente redundará num Recurso Extraordinário ao próprio Supremo caso aquele tribunal superior referende a condenação.

Para lembrar: Lula foi condenado por Sérgio Moro, no caso do tríplex de Guarujá, a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O TRF-4 majorou a pena para 12 anos e um mês, em regime inicialmente fechado. Ele está preso desde o dia 7 de abril na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.

Será mesmo que o julgamento de Gleisi é uma antecipação do que acontecerá na Segunda Turma no dia 26? Duvido. Acho que a lógica das coisas indica que não. E isso se deve, em boa parte, à, vamos dizer assim, esperteza de Edson Fachin, relator dos casos relativos ao petrolão, que soube operar muito bem o que ouso chamar de “política da toga”.

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