A desistência do senador Raimundo Lira da reeleição redesenhou o já deformado quadro político paraibano e deixou ainda mais aberta a disputa ao Senado.
Do lado de Lucélio Cartaxo, abre-se espaço para novos planos e conversas. Antes, com a chapa praticamente selada, o candidato ao Governo do PV não tinha margem alguma para atrair adesões substanciais.
Partidos como o PP, PSC e PR, desejosos de vaga na majoritária, podem fazer reavaliações e reconsiderar encaminhamentos em curso.
O efeito imediato da saída de Lira foi gerado no PP. Até então, o partido reclamava de portas fechadas e nas últimas horas já passou a avaliar mais concretamente a permanência no arco de aliança do PV e PSDB.
Manoel Junior, vice-prefeito e pré-candidato ao Senado, agora tem mais argumento para cobrar presença na chapa.
Todos os esses passos e movimentos são acompanhados e monitorados pelo PSB do governador Ricardo Coutinho.
Desde o anúncio de Lira, setores do Jardim Girassol exploraram especulações de traições, abrindo, também, uma ponte para conversas com o senador.
Mesmo fora do páreo, Lira continua influenciando dentro do processo. Se quiser.
