Aécio fugiu de Fachin e caiu na ‘Câmara de Gás’. Por Josias de Souza – Heron Cid
Bastidores

Aécio fugiu de Fachin e caiu na ‘Câmara de Gás’. Por Josias de Souza

18 de abril de 2018 às 10h25
Aécio Neves, senador do PSDB, delatado pelo Grupo JBS

Se Deus tiver de aparecer para um parlamentar em conflito com a moralidade, Ele não se atreverá a surgir de outra forma que não seja a de um processo com tramitação na Segunda Turma, o Jardim do Éden do Supremo. Aécio Neves estava no Paraíso. Quis dar uma de esperto. E despencou na Primeira Turma, a Câmara de Gás da Suprema Corte. Convertido em réu pela primeira vez, Aécio experimenta uma sensação de asfixia com a qual não estava acostumado.

Aécio pediu e recebeu de Joesley Batista, da JBS, R$ 2 milhões em verbas de má origem. Seu processo subiu para o Éden. Foi à mesa de Edson Fachin, um ministro que serve aos encrencados o pão que o Tinhoso amassou. Assustado, Aécio autorizou seus advogados a requisitarem a troca do relator do seu processo. Mas a esperteza saiu pela culatra.

Para fugir de Edson Fachin, o rigoroso relator do petrolão, Aécio alegou que o processo sobre o capilé da JBS não tinha relação com a Lava Jato. Por sorteio, o processo foi à mesa de Marco Aurélio, ministro da outra turma. Aécio e seus advogados não levaram em conta que Fachin é minoritário na Segunda Turma. Ali, não estava descartada a hipótese de que o senador fosse brindado com um arquivamento da denúncia por 3 votos a 2.

Na Primeira Turma, amargou derrotas de 5 a zero na acusação corrupção passiva e 4 a 1 na de obstrução de Justiça. O novo réu não pode se queixar da má sorte. Aécio escolheu seu próprio caminho para a Câmara de Gás. É a sorte ajudando o Brasil.

UOL

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