Oposição versus Governo; o papel da 'Tomada da Assembleia' – Heron Cid
Opinião

Oposição versus Governo; o papel da ‘Tomada da Assembleia’

17 de agosto de 2017 às 11h38 Por Heron Cid

O desajuste na bancada da Oposição na Assembleia, em minoria expressiva, não começou hoje. Aliás, a sequência de derrotas em plenário e a dificuldade de impor um contraponto ao Governo são reflexos de um erro lá de trás.

Tudo começou quando o governador Ricardo Coutinho arrebatou das mãos do então presidente da Casa, Ricardo Marcelo, o comando do Poder.

A articulação com o PMDB, que resultou na dobradinha Adriano Galdino/Gervásio Maia, garantiu votos suficientes e impôs à oposição um revés cujas consequências estamos a assistir.

Se para a Oposição a perda do predomínio da Mesa Diretora resulta em dissabores, revezes e esvaziamento gradativo, nos últimos três anos, para o Governo o saldo é o oposto.

Com a Assembleia sob sua égide, Ricardo passou a ter o controle total das votações, ganhou tempo para cuidar de outras prioridades e a segurança de impor matérias e medidas, sem grandes dificuldades.

O bônus administrativo lhe trouxe, por tabela, ganhos políticos. Como o de dispor de um terreno fértil para cabalar para si inimigos históricos, como faz agora com a adesão do suplente Aníbal Marcolino.

Nesse novo mandato é na Assembleia onde está a representação da maior vitória política do Governo. A travessia de se livrar de um Poder rebelde e adversário ferrenho e ganhar presidentes leais e bancada gorda e bovinamente alinhada.

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